quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

CALENDÁRIO MAIA



Pedra do calendário Maia encontrada em Yucatán
Líderes maias da América Latina foram a Los Angeles explicar a "confusão" na próxima mudança de ciclo no calendário pré-colombiano, além de abençoar a comunidade imigrante que vive neste país.
"De acordo com o calendário maia, este ano será marcado por uma mudança de ciclo que foi iniciada há 5.125 anos, o chamado baktunes", disse Marte Trejo, historiador e astrônomo mexicano.
"Apesar dos 13 baktunes serem completados neste ano, isso não significa que o mundo vai acabar como muitas pessoas estão comentando", completou Trejo.
"Não devemos nos preocupar pensando que haverá uma destruição total do planeta. O que acontecerá é simplesmente uma mudança de ciclo, que terminará em dezembro para começar um novo período ou novo baktun", afirmou.
Com intenção de esclarecer as interpretações apocalípticas do calendário pré-colombiano, Manuel Xicum, sacerdote Maia, e outros representantes desta tribo radicados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras se reuniram neste fim de semana na Placita Olvera e no Centro Cultural EEK'Mayab, ambos em Los Angeles.
Além de esclarecer as dúvidas presentes no calendário maia, Xicum e os outros líderes da etnia zapoteca realizaram um ritual de oração em língua maia para a comunidade imigrante em pleno centro histórico de Los Angeles.
"Essa confusão foi provocada por alguns meios de comunicação e por algumas pessoas que não souberam explicar ao certo sobre o que é realmente a visão de mundo dos maias", disse Xicum.
"A visão de mundo maia é a união entre a natureza e Deus, é a união entre os corpos celestes com a mãe terra", completou o sacerdote.
O calendário maia é uma pedra de cálculo circular, disseminada na região da Mesoamérica, que, segundo o anuário gregoriano do sistema ocidental atual, foi iniciado no dia 13 de agosto de 3.114 a.C.
"O sistema de contagem de tempo dos maias não era linear, mas era circular e, por isso, o calendário também é circular, já que os ciclos começam em um ponto e terminam em si mesmos. Assim, nasce um novo período", indicou Trejo, que colabora com a Secretaria de Turismo do México para falar sobre o Mundo Maia.
Trejo explicou que um baktun maia corresponde a um período de aproximadamente 394 anos, que, ao multiplicá-lo por 13 baktunes, resulta em 5.125 anos, ou seja, um ciclo completo. No calendário mesoamericano, este ciclo será completado no dia 21 de dezembro de 2012.
María Eugenia Loria, uma matriarca maia originária do estado mexicano de Iucatã, disse à agência Efe que o calendário maia foi criado com base na observação do movimento dos astros em períodos de um ano e em ciclos de mais de 5 mil anos.
"Na mudança de ciclo que ocorrerá em dezembro haverá uma nova escalação de astros que pode gerar mudanças no clima, mas não sabemos a que extremo", indicou María Eugenia.
Já José Loria, outro líder maia no Iucatã, disse que a conclusão do ciclo do tempo calculado pelos maias provavelmente poderá influenciar o funcionamento do planeta.
"Algo no planeta está mudando porque há lugares em que nunca chovia e, hoje, chove demais, enquanto há outros lugares em que antes chovia e hoje é marcado pela seca", destacou Loria.
"Essas são as mudanças de ciclos que teremos que aprender, mas isso não significa que o mundo vai neste ano", finalizou.

O Reflexo da Desoneração na Folha de Pagamento da Construção Civil

Nos preços dos imóveis, nas construtoras, nos financiamentos imobiliários. Após dois anos embalados por queda de juros e facilidade de crédito, o mercado de imóveis passou 2012 pisando no freio. Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor deve crescer 2,5% este ano — menos que os 3,6% de 2011 e muito abaixo dos 11,6% de 2010. O número de unidades financiadas pela poupança também caiu: de 492.908, no ano passado, para cerca de 450 mil, estima a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Para 2013, as perspectivas são de crescimento e, já apostam alguns, de forma sadia.


— Tivemos um crescimento substancial nos últimos dois anos. Então, esse cenário agora é normal. As empresas precisavam entregar os empreendimentos, o que explica a queda de 28% nos financiamentos para pessoas jurídicas — justifica o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior, frisando que para pessoas físicas, houve alta de 24% no volume de crédito, que deve fechar 2012 em R$ 84 bilhões. — Mas o ajuste é bom para o mercado se equilibrar e perpetuar seu crescimento de forma sustentável.


No preço de imóveis no Rio, isso é percebido no ritmo mais lento de valorização: após alta de 42% de janeiro a novembro de 2010, o setor registrou no mesmo período de 2011 e 2012, 15,8% e 13%, respectivamente, informa o Sindicato da Habitação (Secovi-Rio). Para 2013, considerando-se essas taxas, a perspectiva é de quase estabilização.


— Os preços devem acompanhar a inflação e subir entre 3% e 4% — calcula o vice-presidente da entidade, Leonardo Schneider. — O mercado está mais atento, mais racional. As vendas continuarão, embora em menor velocidade, até porque ainda há demanda em muitas regiões como Campo Grande, Santa Cruz e o Porto do Rio. E o número de lançamentos também tende a crescer.


Presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), José Conde Caldas também está otimista sobre 2013, apesar da queda de 20% nos lançamentos deste ano, que deve fechar em 20.277 unidades lançadas, contra os 25.022 lançamentos feitos em 2011.


— Ainda há demanda na área residencial. O mercado estava muito aquecido, e era preciso haver essa acomodação — diz o presidente da Ademi-RJ. Mas temos mais de seis milhões de metros quadrados em projetos já aprovados. Isso mostra que no ano que vem, o setor vai voltar a se acelerar.


Outro incentivo à construção civil veio do governo federal, que acaba de anunciar medidas de desoneração da folha de pagamento da construção civil que prometem aliviar o setor em até R$ 2,85 bilhões ao ano.


— Muitas empresas estavam sem capital de giro por conta dos grandes investimentos dos últimos anos. Então, esse pacote ajuda a aliviar o caixa e deve incentivar as construções de moradia tanto para baixa quanto para média renda — afirma Luís Fernando Melo, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. — O mercado está mais sadio. No ano que vem, devemos crescer cerca de 4,5%.


Esses incentivos, aliás, também tendem a ajudar a conter a valorização dos preços de imóveis em todo o país, principalmente, para média e baixa renda, acreditam especialistas.


— O pacote mostra que o governo está de fato disposto a abrir mão de encargos e impostos para incentivar o setor — diz Melo. — A folha de pagamento representa até 40% dos custos da construção. Sua desoneração tem, com certeza, impacto positivo. Há muita expectativa dos empresários em relação a isso.


Além disso, a recente forte valorização teria levado os preços a patamares muito altos, não comportando novos reajustes expressivos.


— A estabilização dos preços foi muito mais um ajuste para segurar preços altamente inflados do que um impacto de redução de financiamento ou excesso de estoques — afirma Maurício Visconti, diretor da Reit Soluções Financeiras Imobiliárias. — Em 2013, continuaremos com preços estáveis, pois não há mais margem para os preços crescerem nos grandes centros.


E, no Rio, não deve ser diferente. O estado deve fechar o ano com um crescimento em torno dos 2% no setor da construção civil, um pouco abaixo da média nacional. Mas, para o ano que vem, a expectativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) é de acompanhar o PIB nacional, crescendo acima do ano passado.


— As obras de mobilidade na cidade vão trazer oportunidades para o avanço de regiões onde serão construídas grandes vias como a Transolímpica e a Transbrasil — acredita Roberto Kauffmann, presidente da entidade.


Para Kauffmann, a Avenida Brasil deverá atrair muitos empreendimentos e passar a ter uso misto, com a instalação não só de indústrias não poluentes, como também de comércio e residências. Até porque a região foi considerada área de especial interesse urbanístico pela prefeitura, o que deve facilitar os investimentos.

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